Sobre o modus operandi do mundo bizarro
Primeiro, no lugar de destruir as instituições, colocá-la sob a chefia de um inimigo figadal do que elas representam, para assim desmoralizá-las. Vale para os exemplos óbvios como os ministérios da Educação, Meio-Ambiente, Direitos Humanos, mas também para Justiça, Economia, e também para o último caso, da Fundação Palmares.
O segundo passo é culpar pelos desastres evidentemente consequência destas nomeações, ou pelos problemas que a pasta deveria combater, exatamente as vítimas destes problemas ou os que os, combatem. Assim, ambientalistas destroem a Amazônia, feministas prejudicam as mulheres, universidades cultivam drogas.
Finalmente, com a inversão do mundo bizarro assegurada, é possível afirmar qualquer coisa que se queira. Então, Lula é culpado pelo terraplanismo e Leonardo di Caprio pela devastação da Amazônia. Nesta altura, pode-se imaginar que alguns vão dizer “peraê, aí não”. Ao contrário. Quem veio até aqui no mundo bizarro não tem mais limites. Além do que, os robôs no Irã, Paquistão e Indonésia tratam de repetir ad nausean o ab absurdum.
Retirar as referências de realidade é a estratégia do governo do mundo bizarro. Difícil manter os pés no chão. É por isso que estou escrevendo isso, aliás. Escolha sua própria estratégia, porque manter os pés no chão já é combater o governo do mundo bizarro. Isso pode doer, pode ser perigoso, já que no mundo bizarro os inocentes são culpados. Mas a sanidade mental é a maior inimiga do regime. Mantenha a sua.